Não sei como escrever sobre isto.
Não sou mãe.
Mas sou filha. Uma filha muito amada.
E se é verdade que não consigo escrever/imaginar/pensar sobre o que representa ter um filho desaparecido, consigo (tentar) imaginar o que seria se tivesse sido raptada, se tivesse sido levada do meu lar, dos meus pais, amigos, de quem me quer bem, se tivesse sido levada da minha vida e de tudo aquilo que eu podia ter sido.
Consigo (tentar) imaginar o que seria para a minha mãe, para o meu pai...
(...)
Não.
Não consigo.
Tive sempre o sorriso da minha mãe.
Tive sempre o amor do meu pai.
Tive sempre a ternura e adoração no olhar da minha mãe.
Tive sempre o abraço do meu pai.
Tive sempre apoio, alguém que me limpasse as lágrimas, que me ajudasse a levantar, que me ensinasse a levantar.
Tive sempre pai.
Tive sempre mãe.
Ninguém me tirou de nada nem de ninguém.
Rui Pedro, o menino de Lousada , faz hoje 27 anos.
Está desaparecido há 16.
Vejam a campanha e divulguem.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=mkI9hIoBK9k
de Lisboa, com amor
*A Lisboeta*
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